VII Seminário Nacional Religiões Afro-Brasileiras e Saúde

O VII Seminário Nacional Religiões Afro-Brasileiras e Saúde é um espaço para trocas de informações e saberes entre os adeptos da tradição religiosa afro-brasileira, gestores, profissionais e conselheiros de saúde.

O Seminário pretende também estimular discussões sobre a implementação e monitoramento da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra e suas intefaces com outras políticas, programas, projetos e ações desenvolvidas no SUS.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Verifique pequenas mudanças em nossa programação do seminário


VII Seminário Nacional Religiões Afro-Brasileiras e Saúde

Local: Hotel Excelsior - Avenida Atlântica 1800 - Copacabana - Rio de Janeiro


18 de agosto de 2010(quarta)


15h – Presente as Deusas das Águas


17h - Mesa de Abertura


18h – Painel 1 - Religiões Afro- Brasileiras, Desenvolvimento e Saúde


19 de agosto de 2010(quinta)


08:30h - Conversa Afiada: A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra: desafios e perspectivas para a implementação nos estados e municípios.


11:30h – Comunicação: Os terreiros, a população negra e a seguridade social


12:30h - Almoço


14h - Painel 2: Dialogando com as Políticas Públicas de Saúde


Política Nacional de Humanização do SUS, Política Nacional de Promoção da Saúde e a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares


15:30h – Conversa Afiada: Dialogando com as Políticas Públicas de Saúde


Política Nacional de Saúde LGBT, Departamento Nacional de DST/Aids e Hepatites Virais e Programa Nacional de Tuberculose


18h – Apresentação Cultural



20 de agosto(sexta)


08:30h – Painel 3: Integrando saberes e práticas em saúde:


Política Nacional de Educação Permanente


Por uma Política Nacional de Educação Popular e Saúde


10:00h – Conversa Afiada: Novos rumos para o SUS e o Controle Social


12:30h – Almoco


14h – Comunicação:


100 Anos de Doença Falciforme


Terreiros – a dinâmica da vida e da saúde


15:30h – A Carta do Rio de Janeiro


16:00h - Encerramento

Veja aqui momentos do VI Seminário Nacional em Fortaleza











quinta-feira, 24 de junho de 2010

Lembranças e momentos












Muitos de nós participamos de vários eventos da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde desde 2003 quando ela foi lançada em São Luis do Maranhão. É muito importante que cada um e cada uma de nós possa tecer uma Rede forte pois somos parte dessa Rede que cada vez mais cresce em direçao aos estados do norte e do sul do país.
É com muita alegria que o Núcleo Rio de Janeiro se prepara para receber o povo de terreiro, os gestores, os conselheiros de saúde, os profissionais de saúde, os ativistas do movimento negro e as ativistas do movimento de mulheres negras.
Sejam todos e todas bem vindos ao VII Seminário Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Inscrição no VII Seminário Nacional

As inscrições para o VII Seminário Nacional estarão abertas até o dia 20 de julho de 2010.

FICHA DE INSCRICAO
Nome completo:
Endereço com CEP:
Município: Estado:
Telefones: (código da cidade + número)
E-mail:

Qual a sua cor? ( )branca ( ) amarela ( ) indígena ( ) parda ( ) preta

Em qual categoria você se insere?(escolher ate 2 categorias caso seja necessario)
( ) Terreiro ( ) Movimento negro
( ) Profissional de saúde ( ) Gestor
( ) Conselheiro de saúde ( ) Ongs
( ) Profissional de educação ( ) Outros

Você já participou de algum evento da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde? ( ) sim ( ) nao

Voce conhece a Politica Nacional de Saude Integral da Populacao Negra? ( ) sim ( ) não

Voce desenvolve algum tipo de trabalho com os terreiros? ( ) sim ( ) não

Que tipo de trabalho desenvolve?

Voce desenvolve algum trabalho com saude da população negra? Qual?

Copie a ficha e envie preenchida para seminariorede2010@yahoo.com.br

OBS: O seminario nao tem taxas mas lembre-se que você será responsável pela sua passagem, hospedagem e alimentação.

Os terreiros e o direito humano à saúde



O Sistema Único de Saúde tem como princípios básicos a universalidade, a integralidade, a equidade, a descentralização, a participação e o controle social. Entretanto, é de conhecimento de todos e de todas que alguns grupos têm seu direito à saúde negado ou violado, ou seja os princípios do SUS estão sendo desrespeitados.



O direito humano a saúde esta garantido na Constituição Brasileira e na Declaração Universal dos Direitos Humanos, mas para que esses direitos saiam do papel e aconteça de fato é necessário mobilização e participação popular.

Constituicão Federal de 5/10/1988
Secão II – Capítulo da Saúde
Artº 196 – A Saúde
A saúde e direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à reducão do risco de doenca e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação

O povo de terreiro, assim como a população negra, há muitos anos vem lutando por melhores condições de vida pois reconhecem que o racismo e todas as formas de intolerâncias produzem impactos negativos na saúde da população negra e da populacao dos terreiros, tendo como resultados menor expectativa de vida e maior risco de adoecer e morrer por doenças evitáveis.

A aprovação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra pelo Conselho Nacional de Saúde, em novembro de 2006, mostra que a participação dos terreiros no controle social é cada vez mais importante para a efetivação de várias políticas e para a garantia do bom funcionamento do SUS. A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra inclui em suas diretrizes gerais a promoção do reconhecimento dos saberes e práticas populares de saúde, incluindo aqueles preservados pelas religiões de matrizes africanas.

É importante saber se a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra está sendo implementada em seu município. Informe-se na Secretaria de Saúde local e participe das reuniões do Conselho Municipal de Saúde de sua cidade.

Exerça sua cidadania.


VII Seminário Nacional Religiões Afro-Brasileiras e Saúde: dialogando com as políticas públicas de saúde e novos rumos para o SUS

Quando? 18 a 20 de agosto de 2010

Onde? Hotel Excelsior - Avenida Atlântica 1800 - Copacabana - Rio de Janeiro

Quem realiza? Rede Nacional de Religioes Afro-Brasileiras e Saude e Secretaria Municipal de Saude e Defesa Civil do Rio de Janeiro

Veja aqui alguns temas que serao discutidos no VII Seminario Nacional Religioes Afro-Brasileiras e Saude:
- os desafios que os estados e os municipios enfrentam na implementacao da Politica Nacional de Saude da Populacao Negra

- a Politica Nacional de Saúde LGBT

- os terreiros e a educaçao popular e saúde

- população negra, população de terreiros e a seguridade social

- 100 anos de Doença Falciforme

- a Politica Nacional de Práticas Integrativas e Complementares


Terreiros: espaços promotores de saúde





As religiões de matrizes africanas, conforme sua origem na África, localização geográfica no Brasil e interação com outros grupos não negros(índios e brancos) tomam diversas denominações: Umbanda, Candomblé (em suas variações de angola, ketu, jejê, ijexá), Tambor de mina, Tambor de caboclo, Terecô, Encantaria, Jurema, Xangô, Xambá e Batuque.


O número de terreiros continua crescendo, e segundo pesquisadores já ultrapassam a marca de 90 mil espalhados no país. Apesar da entrada dos brancos nessa tradição religiosa e de pessoas da classe média, a população dos terreiros ainda é constituída, em sua maioria, de negros e negras, de baixa renda, pouca ou nenhuma escolaridade, moradores de subúrbios e periferia. Esse perfil da população dos terreiros certamente interfere no processo saúde-doença, uma vez que a saúde e a doença são determinadas pelo modo como cada sociedade se organiza, vive e produz, tendo uma relação estreita com os determinantes sociais em saúde.


A saúde, também, sempre foi uma das preocupações do povo de terreiro pois sendo o corpo a morada dos deuses e deusas, este deve estar sempre bem cuidado. Os terreiros possuem conceitos de saúde e doença de acordo com a sua visão de mundo, e, segundo Makota Valdina "a cura das doenças na perspectiva das religiões afro-brasileiras envolve a ação dos dois mundos: material e imaterial, visível e invisível, nessa tradição nada ocorre sem a interação desses dois mundos".


Para o "povo de santo", a doença é considerada um desequilíbrio energético, podendo ser de ordem física, mental ou espiritual. "Apesar de sabermos que muitas doenças precisam ser tratadas pela medicina dos cientistas, se a pessoa é iniciada, quase sempre busca antes o terreiro para se curar e sempre busca a cura dos dois lados", lembra Makota Valdina. Ela nos informa que as práticas terapêuticas dos terreiros não anula as ações realizadas pela medicina hegemônica, muito pelo contrário, as práticas de saúde e os saberes se complementam.


Nos encontros e reuniões realizados pela Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde deparamos com iniciados nos terreiros que não foram bem acolhidas pelo SUS/Sistema Único de Saúde, outros reclamam das filas para marcação das consultas ou demora na realização dos exames, têm aqueles que desconfiam do atendimento e guardam muitas histórias de descaso e desatenção para contar. Mesmo assim, verificamos que uma grande parcela do povo negro e povo de terreiro conta somente com os serviços oferecidos pelo SUS e que garantir o acesso e a qualidade do atendimento e dos serviços tem sido uma das preocupações da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde.


É importante destacar que o modelo de saúde praticado nos terreiros está alicerçado em uma visão de mundo onde o cuidado, o acolhimento, a cumplicidade, a parceria, a relação com a natureza, formam uma rede de atenção e promoção da saúde que pode servir como base para as práticas de saúde no SUS/Sistema Único de Saúde.


As práticas terapêuticas dos terreiros tem como pressupostos: a escuta, o toque, o aconselhamento e a solidariedade, mostrando um diferencial na qualidade de atendimento, proporcionando bem estar e a vivência do acolhimento. Esses pressupostos vivenciados nos terreiros certamente têm forte relação com a Política Nacional de Humanização do SUS.


Os terreiros, foram durante muito tempo, um dos espaços privilegiados de acolhimento para a população negra sendo considerados espaços de resistência cultural negra por resguardar valores simbólicos e um dos mais importantes patrimônios culturais brasileiros.








Veja aqui alguns momentos do I Seminário Nacional Religiões Afro-Brasileiras e Controle Social de Políticas Públicas de Saúde que aconteceu no Scorial Rio Hotel, no Rio de Janeiro, em 2009.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Conheça a Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde



A Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras Saúde foi criada em março de 2003, sendo uma instância de articulação da sociedade civil que envolve adeptos da tradição religiosa afro-brasileira, gestores/profissionais de saúde, integrantes de organizações não-governamentais, pesquisadores e lideranças do movimento negro.


A Rede tem como objetivos: valorizar e potencializar o saber dos terreiros em relação a saúde; estimular práticas de promoção da saúde; monitorar e intervir nas políticas públicas de saúde exercendo o controle social; legitimar as lideranças dos terreiros enquanto detentores de saberes e poderes para exigir das autoridades locais um atendimento de qualidade, onde a cultura do terreiro seja reconhecida e respeitada; reforçar a importância de interligar as práticas de saúde realizadas nos terreiros com as práticas de saúde no SUS; contribuir para uma reflexão sobre diferentes aspectos da saúde da população dos terreiros; estabelecer um canal de comunicação entre os adeptos da tradição religiosa afro-brasileira, os gestores/profissionais de saúde e os conselheiros de saúde.


Atualmente a Rede conta com núcleos espalhados por todo o país e faz parte de diversos espaços de controle social de políticas públicas de saúde.

domingo, 20 de junho de 2010

VII Seminário Nacional Religiões Afro-Brasileiras e Saúde



VII Seminário Nacional Religiões Afro-Brasileiras e Saúde: Dialogando com as Políticas Públicas de Saúde e discutindo os novos rumos para o SUS


O seminário tem como objetivo estabelecer um canal de diálogo entre as lideranças de terreiros, gestores, profissionais e conselheiros de saúde, assim como com os gestores de promoção de igualdade racial, que possibilite conhecer os desafios e as possibilidades de estratégias de implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra em consonância com as outras políticas e programas do Sistema Único de Saúde.



O evento também pretende discutir os novos rumos do SUS e a integração dos conhecimentos e práticas de saúde dos terreiros às práticas de saúde do SUS.

18 a 20 de agosto de 2010

Local: Rio de Janeiro

Realização: Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde, Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro/Caravana do Axé

Número de participantes: 150

Público: lideranças de terreiros, coordenadores de núcleos da Rede, Pesquisadores/as, Gestores e profissionais de saúde, Conselheiros de saúde, Gestores PIR e jornalistas.

Programação

18 de agosto de 2010(quarta)

15h – Presente as Deusas das Águas

17h - Mesa de Abertura

18h – Painel 1 - Religiões Afro- Brasileiras, Desenvolvimento e Saúde

19 de agosto de 2010(quinta)

08:30h - Painel 2 - A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra: desafios e perspectivas para a implementação nos estados e municípios.

11:30h – Comunicaçao: Os terreiros, a população negra e a seguridade social

12:30h - Almoço

14h - Painel 3: Dialogando com as Políticas Públicas de Saúde

Política Nacional de Humanização do SUS, Política Nacional de Promoção da Saúde e a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares

15:30h – Painel 4: Dialogando com as Políticas Públicas de Saúde

Política Nacional de Saúde LGBT, Departamento Nacional de DST/Aids e Hepatites Virais e Programa Nacional de Tuberculose

18h – Apresentação Cultural

20 de agosto(sexta)

08:30h – Painel 5: Integração de saberes e práticas:

Política Nacional de Educação Permanente

Por uma Política Nacional de Educação Popular e Saúde

10:00h - Painel 6: Novos rumos para o SUS e o Controle Social

12:30h – Almoco

14h – Comunicação: Terreiros – a dinâmica da vida e da saúde

15:00h – A Carta do Rio de Janeiro

15:30h - Encerramento